terça-feira, 24 de novembro de 2009

Essa pausa na minha vida, serviu para inumeras reflexões, percebi como a sociedade seria mais humana se vivessemos em um hospital, o "ajudar" faz parte do cotidiano dos que ali estão, dentro dos seus limites é claro! Esse casal inspirou-me uma grande lição, reforçou aquela célebre frase: "Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é!"
É engraçado pensar como certas histórias se cruzam e as vezes até se completam, ela mudou a vida dele, ele inspirou a vida dela e eles mudaram a inspiração da minha vida.
Não deveria desejar a ninguém dias de internação, mas confesso que todos ficaríamos mais humanos se por essa experiência passasse, na verdade me faz analisar se todos ficariam mesmo assim tão humanos?!!
Eu consegui pegar os limões e fazer uma deliciosa limonada, refiz hábitos, abdiquei de vicios que imaginava serem impossíveis de se libertar e mudei!
A dor me trouxe a saúde de volta!

sábado, 21 de novembro de 2009

O poder de um refil de papel higiênico




Vou falar de uma coisa engraçada que aconteceu na minha estadia no Hospital Getúlio Vargas.
Seria cômico se não fosse trágico!!
Sabe aquele refil que fica quando acaba o papel higiênico?! Pois no hospital existe uma regra que diz: NÃO PODE JOGAR FORA ESTE REFIL! o engraçado é que ninguém me avisou!
Depois dessas estadias percebi, por exemplo, o quanto é necessário uma espécie de cartilha com normas, direitos e deveres dos pacientes, acompanhantes, técnicos, enfermeiros, médicos e equipe (maqueiros, administrativo, seguranças, etc..)
Essa observação do "manual" funcionaria tipo como um apoio aos trabalhos internos de humanização, tão essenciais aos serviços públicos de saúde.
Mas voltando ao refil, pra evitar as tantas infecções que circundam tal espaço, sempre usava um papelzinho pra abrir a porta, evitando assim pegar na maçaneta e tals, mas de repente cabou o papel, pensei em pedir pra meu mano levar, mas o dia de visita tava longe; esperei a reposição.
3 dias se passaram e nada de repor o papel higiênico; tem noção?!
Fui procurar saber o que acontecia, eis que me respondem: ALGUÉM JOGOU FORA O REFIL, NÃO PODEMOS REPOR! de forma burocrática, fria e direta.
Mas como assim? ninguém me disse nada quando aqui cheguei, não tinha sido eu, mas poderia ter sido, fikei me perguntando o valor que tem um refil de um papel higiênico, sei q pra Argent (meu salsicha) é uma festa, mas n imaginava ser tão tãooo importante assim hihihihih
Ninguém me explicou o porque dessa regra, creio eu que era pra contabilizar, mas isto não justifica deixar um quarto/enfermaria de hospital com 7 enfermos + acompanhantes sem papel higiênico.
Após muito "brigar" colocaram o papel e eu prontamente pedi um papel, escrevi o que veêm acima e colei na parede com esparadrapo, isso com certeza facilitará o processo, já que também tem-se uma rotatividade, o que implica em novos enfermos que não saberão, podendo jogar de novo o tal refil, causando todo esse problema.
Um ponto relevante a se observar nesse contexto, é o fato de deixar a "Deus dará" os enfermos. "Quem não fala Deus não ouve?"

domingo, 15 de novembro de 2009

Acidente com Amelie (minha 50tinha!) uma pausa na vida!



































Todo mundo pergunta o que aconteceu e como?! Ainda não tinha tido tempo para postar o acontecido com detalhes, mas a partir de agora, vou postar todas sensações, acontecimentos e aprendizados com a vida e nestes tempos com esse "acidente!"

SEXTA-FEIRA 23 DE OUTUBRO DE 2009.

Vamos lá!

Fui aos correios de Ipojuca, quando tava saindo de Nossa Senhora do Ó (antes de Porto de Galinhas) um treminhão me deu um susto, nuss pensei na hora em voltar, mas não! (Não compreendi o recado do universo, não fui sensível!) segui em frente, eu e Amelie (minha 50tinha) passado o susto cheguei aos correios, postei o material, comprei o presentinho do chá de panela da amiga Leu, 6 pratinhos lindos, ainda pedi pra embalar com cuidado pq tava de motinha, passei em alguns lugares e deixei o material da divulgação do vestibular, aproveitei e fui no CEFET Ipojuca pra divulgar tb e ver a semana de ciência e tecnologia q tava rolando, mas já era mais de meio dia, pausa pro almoço, deixei o material e pensei: VOU LOGO EM SUAPE pq já entrego o material com mais tempo. então fui, no caminho lembrei o quanto era longe, mas já tava no meio do caminho, não ia voltar, engraçado que na ida fui cantando a oração de São Francisco (Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz..) tava tão felíz, o grupo de teatro tava ficando afinado, o halloween do santeria ia ser uma boa estratégia pra o vestibular do dia 22 e tudo caminhando bem. Cheguei em SUAPE, entreguei o material e voltando, fikei curioso sobre uma ladeira que tinha lá, decidi subir e conhecer, fui até metade, mas quando vi a altura desisti e me deu um medinho de descer, mas de boa, quando cheguei embaixo, fumei um cigarrinho pra enfrentar a estrada, 1 hora de estrada é punk. Vamos lá.. peguei a estrada, o celular toca, paro e atendo, minha cunhada kerendo falar com meu irmão, tava com o cel dele, deixei o meu na facul divulgando as coisas, atendi e segui em frente, de repente um caminhão se aproxima, cada vez mais e mais, fui tentando encontrar um acostamento bom, mas n rolou, essas estradas péssimas, e IPOJUCA TÁ BOM DEMAIS!!!!!!!!!!!, somando esse fato ao dos caminhões que não respeitam as pobres motinhas, deu nesta queda.

Desviei de um buraco, mas o outro era grande demais (vou processar o estado!), em segundos, nuss muito rápido, tava no chão, que sensação ruim, lembro que uma moto passou e ficou olhando, fiz sinal q tava bem, o braço doía bastante, não imaginava ser nada sério, parou uns carros me ajudaram, os pratos e as bolsas estavam no chão, será que quebraram?! pegaram tudo colocaram em Amelie, desempenaram a motinha, me deram água e quando lavei o rosto e cuspi sangue foi que tive noção -

POXA SOFRI MESMO UM ACIDENTE! :(

O cara do carro ainda falou que tive sorte, se tivesse caído na pista o caminhão tinha passado em cima de mim, imaginava estar bem, tb n keria incomodar os traseuntes, disse q podiam ir, ficou eu e 2 caras de bike na BR entre SUAPE e IPOJUCA, o braço doendo, eu destruido, enfim.. pedi q colocassem a Amelie atrás do canavial pra n ficar assim exposto, puseram, fikei sentado me acalmando e fumando mais um cigarrinho, entendendo o pq da keda e tals!
Fiz um teste se ia aguentar, mas minha mao nao mexia, esperei mais um tempo, e decidi ir, mesmo sem os movimentos, pois não tinha como contactar ninguém, tinha trazido o cel do meu irmão e Vanessa (que trabalha na facul) tava com cel quebrado, tinha deixado o meu na faculdade pra divulgar o vestibular e o halloween, então me recompus, coloquei a mao no guidão da moto com a ajuda da outra mão, pus a segunda marcha e fui embora, passando pelas pessoas que me olhavam com uma cara de o que aconteceu?! e pensando.. vou pra casa, tomo banho, almoço, vou pra aula de teatro e já fico direto na faculdade, pq já tinha caido 1 vez e n foi nada sério, coitado de mim.

Quando cheguei na esquina da facul onde trabalho, fui fazer a curva só que não aguentei, cai de novo, doendo mais ainda o braço, tinha uma kombi parada e ninguém veio me ajudar, incrível esta cena, dava pra ver claramente pelo meu estado que não estava bem, então pedi ajuda, por sorte também uma aluna do curso de teatro, a Lili, veio me socorrer, levou a moto pra dentro da faculdade e fui ao hospital, ainda imaginando estar tudo bem, mesmo doendo muito e quase destruído da queda.

Fui atendido logo, não posso negar que o atendimento no Carozita de Brito foi ótimo, logo me lavaram com soro, veio o médico, eu já deitado na maca, nem sentia o queimor do soro, o braço doía mesmooo, a enfermeira deu 2 pontinhos no rosto e 3 no queixo, falei pra ela do braço, ela me mandou levantar ele, impossível, não conseguia mesmo, o médico vem e diz precisamos de um raio x, o daqui está quebrado (imaginem que Porto de Galinhas, rico como é, não tem raio x, temos q ir ao Cabo, que vergonha!) mandei chamar meu irmão, aproveitou e trouxe o almoço, comi enquanto a ambulância chegava, por volta das 16 horas saímos do Ó em direção a Olinda, não mais Cabo, putz, só pra tirar um raio x!!!!! A ambulância ainda parou em algum lugar no meio do caminho e algumas pessoas botaram a cabeça na janelinha e ficavam com akele papo de MOTO É FODA! eu vendi a minha, comprei um fuskinha E TALSS.

E eu continuava pensando q n era nada demais; chegamos por volta das 18:30h em Olinda (Hospital Tricentenário), depois de muito sofrer com o balanço do carro, trânsito caótico em Recife, ufa quando parou um alivio, imaginei que seriamos atendidos logo já que fomos encaminhados e vinhamos de tão longe, que nadaaaa, as pessoas me olhavam de um jeito muito
engraçado, eu nem ligava, keria voltar pra casa.

Precisávamos pegar uma ficha, pegamos a número 21 poxa (pq parei de pagar o plano de saúde?! nessas horas vemos o quanto é importante, mas nunca usava, então, cancelei, que errooooo!) mesmo pegando a ficha 21, o atendimento só comecaria a partir das 19:30h, imagina o tanto de dor que ja tinha aguentado, detalhe... sem nenhum remédio pq n sabiam o q era, aff! horas de espera, a Nil, enfermeira do Ó, muito solicita ficou no pé e por volta das 22:30 fomos finalmente atendidos, (um desabafo: enquanto estavamos na fila quilometrica a espera do raio x - pq varios hospitais estavam sem esse serviço, superlotando os que ainda ofereciam o raioX- a menina saiu pra jantar, mas peraí.. ELES NÃO COMEÇARAM O ATENDIMENTO AS 19:30H PQ ESTAVAM NO JANTAR? QUANTAS VEZES ELES JANTAM, já indignado, reclamei, mas serviço público, sabe como é!!!!) tirei o raio x e fomos ao médico, ufa finalmente vou voltar pra casa, penso eu, hihihihi ele olha e diz:

É, VOU TE ENCAMINHAR AO OTÁVIO DE FREITAS, ELES VÃO TE DAR UM XEIRINHO E TENTAR VOLTAR AO LUGAR, SE NÃO CONSEGUIR É CIRURGIA!

Não acreditei, ker dizer, nem cogitei mesmo q seria necessário cirurgia, só uma kedinha, nao era possivel. Fomos ainda na ambulância de Ipojuca, eu atras aos pulos das ladeiras de Olinda, muitas dores, com meu irmão e Nil, a enfermeira e o motorista na frente, chegamos no Otávio de Freitas e após mais horas de espera, já passava da meia noite o veredito final:

VC PRECISA FICAR INTERNADO, É NECESSÁRIO CIRURGIA _ disse o médico- exclamei que não era possivel, pois n podia parar os trabalhos, perguntei o tempo e ele disse sem previsão, endoidei e caí em mim.

pUXA VIDA.. quando passei pela porta tive a ligeira impressão de ter entrado na TV, nakeles programas que a gente vê falando mal do serviço público de saude, agora estava sentindo na pele, o martirio estava so comecando, pessoas espalhadas pelos corredores, sangue, sofrimento, dor e DESCASO, mas a gente nem liga n é? só assim, vivenciando é que a gente acorda!

Precisamos acordar logo, unir forças e ajudar uma situação que não tenho palavras pra descrever.

Estou reativando meu blog E AGORA O Q ACONTECE?!, PRA ESCREVER COM DETALHES TUDO QUE PASSEI, VI E SENTI, acompanhem e botem a mão na consciência, o que estamos fazendo pra ajudar quem realmente precisa?!

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